A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu
discurso de lançamento do corredor expresso de ônibus em Brasília para dizer
que não se abaterá com as vaias e xingamentos que sofreu ontem durante a
abertura da Copa do Mundo. Ela disse que as agressões não são partilhadas pela
maioria do povo brasileiro, que é educado, e que as palavras proferidas por
parte dos torcedores não deveriam sequer ser ouvidas pelas crianças. Dilma
afirmou que o Brasil superou todos os desafios para realizar o mundial e não
vai ser isso que a vai atemorizar. Ela lembrou que na época da ditadura foi
torturada e suportou agressões físicas insuportáveis e que portanto não vai se
intimidar com os xingamentos. Ontem, ao ter sua imagem exibida no telão da
Arena Corinthians, na abertura da Copa, boa parte do estádio começou a dizer:
"Ô Dilma, vai tomar no c..."
- Nós superamos todos os desafios, encaramos os
problemas, demos a volta por cima. Eu não vou me deixar perturbar por agressões
verbais. Não vou me deixar atemorizar por xingamentos que não podem ser sequer
escutados pelas crianças e pelas famílias. Aliás, na minha vida pessoal
enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao
limite físico. Superei agressões físicas. Superei agressões físicas quase
insuportáveis, e nada me tirou do meu rumo, nada me tirou dos meus compromissos
e do caminho que eu tracei para mim mesma. Não serão xingamentos que vão me
intimidar e me atemorizar. Eu não me abaterei por isso. Não me abato e não me
abaterei - disse, para em seguida defender o povo brasileiro como sendo
civilizado e generoso:
- Eu conheço o caráter do povo brasileiro. O povo brasileiro não age assim, não
pensa assim e sobretudo o povo não sente da forma como esses xingamentos
expressam. O povo brasileiro é civilizado e extremamente generoso e educado.
Podem contar que isso não me enfraquece.
Ao responder
os xingamentos que levou na abertura da Copa, Dilma foi aplaudida pela plateia
que assistia à cerimônia de lançamento do BRT de Santa Maria, no entorno de
Brasília. A plateia era composta por trabalhadores da obra, simpatizantes do
governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), e moradores da região.
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