Imagens: Gregory Pollon |
Há muitas décadas temos vivenciado a máxima da má política em todo o Brasil. Somos conhecidos mundialmente como o país mais corrupto do mundo. Nesse aspecto, o Maranhão tem se destacado negativamente em todo o país, o que nos colocaria como um dos estados mais corruptos do planeta.
São escândalos e exemplos de
favorecimento que refletem nos piores indicadores sociais do país. Hoje as
polícias do Maranhão têm os piores efetivos do Brasil, temos a pior educação,
saúde e a segunda pior renda per capita, ganhando apenas do Piauí.
De uma forma geral, todos os problemas
são atribuídos à forma como o estado tem sido gerido, priorizando o acúmulo de
riquezas e a compensação de aliados políticos em detrimento de medidas que
pudessem favorecer o crescimento do maranhense, o que consequentemente
contribuiria para o desenvolvimento do estado.
Um único grupo político tem se
mantido no poder há 49 anos, se perpetuando por meio de promessas faraônicas que
logo após as eleições acabam sendo esquecidas.
Lembra da ponte quarto centenário
e da Avenida Metropolitana?
Hoje (23 de Abril de 2014), o
pré-candidato ao governo do estado, Flávio Dino (PCdoB) apresentou sua proposta
de governo para o quadriênio (2015-2018). São 53 propostas que englobam as
áreas da saúde, segurança, educação, infraestrutura, desenvolvimento econômico
e valorização dos servidores.
Confesso que ao acompanhar a
apresentação fiquei um tanto quanto esperançoso que o Maranhão pode finalmente
deixar a rabeira da fila e enfim conseguir destaque no cenário brasileiro do
desenvolvimento. Porém, comecei a me perguntar. É possível garantir que todas
essas medidas possam ser executadas? Que
garantias teremos que o destino do Maranhão será diferente do vivenciado por
São Luís desde a eleição de Edivaldo Holanda Jr.?
Pessoalmente afirmo que confio
no projeto mudancista de Flávio Dino e um episódio em especial fez com que eu
acreditasse que ele é um político diferenciado. Há pouco mais de dez dias
acompanhei a comitiva do pré-candidato ao governo a algumas cidades do médio
sertão maranhense. Todos os carros que faziam parte da comitiva foram
submetidos a alguns trechos de estradas completamente destruídas e povoados absolutamente
isolados.
Em determinado ponto entre o
trecho Burití Bravo-Passagem Franca, fomos obrigados a descer dos carros para
conseguir atravessar uma pequena ponte de madeira e então seguir viagem. Foi ai
que perguntei ao Flávio se ele acreditava que Roseana Sarney conhecia aquela
estrada. Ele logo me respondeu “Amigo, ela só viaja de helicóptero. Eu, por
outro lado, faço questão de percorrer essas estradas para que possa sentir na
pele o sofrimento deste povo.”.
Tal declaração me fez pensar que
se alguém pode realmente melhorar este estado, este alguém é Flávio Dino. Se
por ventura esta esperança for transformada em decepção futuramente, confesso que
desistirei de uma vez por todas de sonhar com um Maranhão livre e desenvolvido.
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