sexta-feira, 25 de abril de 2014

O jornalismo e as mordaças


Primeiro gostaria de agradecer os acessos e repercussão que o blog ganhou em apenas 3 dias de divulgação. Confesso que fiquei surpreso ao perceber a dimensão que minhas opiniões podem tomam ao serem compartilhadas no grandioso mundo digital.

Depois gostaria de deixar bem claro que a proposta deste espaço é ter uma plataforma para expor MINHA visão sobre os aspectos que EU acho interessante. Claro que, vez ou outra, irei desagradar A ou B, mas se nem Jesus agradou a todos, certamente, não serei eu esta pessoa.

Diante dos comentários que ouvi sobre as matérias que postei até aqui, resolvi falar um pouco sobre a ética jornalística e a questão profissional que muitas vezes acaba por asfixiar os profissionais da mídia maranhense.

Refiro-me a mídia maranhense por fazer parte desta realidade e perceber como muitos colegas acabam perdendo suas opiniões em detrimento do pão de cada dia. Na faculdade ouvi por diversas vezes que “o jornalista tem que ser imparcial e buscar sempre a verdade”, porém, quando você entra para o mercado de trabalho, descobre que não é bem assim. Na verdade, você escreve/transmite “aquilo que seus chefes querem”, quando não é obrigado a “deixar para lá” denúncias graves apenas para não entrar em conflito com os patrocinadores.

No Maranhão, assim como em quase todo o país, o que torna esta realidade ainda mais complicada é a associação perigosa entre a política e os meios de comunicação. Hoje, os principais meios de comunicação do estado pertencem a famílias políticas, o que os tornam grandes ferramentas de promoção política e de manipulação da grande massa. Sendo assim, qualquer profissional, que busque fazer parte dos quadros de qualquer destas empresas, acaba sendo obrigado a sepultar qualquer pensamento contrário.

Há pouco tempo, acompanhamos o caso da competente Rachel Sheherazade, âncora do principal jornal do SBT, que ficou muito famosa depois de expor opiniões fortes sobre assuntos polêmicos que iam de encontro a poderosos políticos brasileiros. Resultado? Foi “obrigada” a tirar férias e censurada ao retornar às atividades.

Confesso que também cheguei a desanimar em alguns momentos com a realidade da comunicação que é praticada em nosso país. Isto, até entender que, assim como qualquer outra empresa, os meios de comunicação (entenda-se: Tvs, rádios, jornais impressos, agências etc.) vivem esta incessante busca por audiência apenas por um motivo, LUCRO e PODER.


Por isso, digo que hoje me sinto muito satisfeito em contar com este espaço para poder falar absolutamente sobre o que me der na telha, sem perder o bom senso. Não se trata de um blog político, muito menos portal de notícias, o Blog do Pollon é o local para mostrar minha visão e saber a sua opinião.

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